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sexta-feira, 15 de março de 2013

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias?

Seria cômico se não fosse trágico.

No dia 07 de março de 2013, a Câmara dos Deputados elegeu o Pastor Marcos Feliciano como Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Um fato irônico de se ocorrer (mas não impossível, pois as vezes chega a parecer que a Câmara dos Deputados é um universo paralelo, diante de tudo o que acontece ali), pois desde 2011 o Pastor vem sendo alvo de críticas justamente por postagens nas redes sociais sobre Negros e LGBTS, que por coincidência, representam boa parte das “minorias”.

Agora me digam, como uma pessoa que faz ofensas públicas às minorias, é eleito presidente de uma comissão que defende os direitos dessa minoria? Se responderem essa, respondam também: como uma pessoa que diz fazer a obra de Deus, cobra por bençãos e milagres? Carros, Motos, Milhares de Reais, Cartões de Débito (só os que tem senha, os que dão o cartão mas não dão a senha não são abençoados)?  Qual é esse DEUS que cobra por seu amor? Não me parece o mesmo Deus que deu a vida do próprio filho, para salvar a humanidade do pecado e da maldade.

Vejamos:

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Como uma pessoa que diz representar Deus diante dos fiéis, julga amaldiçoados os africanos? Um povo rico em cultura e diversidade, um povo que apesar de todas as dificuldades existentes, como a fome e a miséria, acolheu o mundo inteiro na copa de 2010, de uma forma alegre, com sorrisos nos rostos!

E mais:

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Onde está a podridão? No casal homoafetivo, que não buscam nada mais que o direito de poderem amar, e constituirem suas famílias, adotando crianças que foram abandonadas por suas famílias, dando uma chance de educação e de conhecerem o amor, ou nas palavras que propagam ainda mais a violência e o ódio contra essas pessoas?

Eu acredito que o amor não discrimina. O amor não é podre. Eu acredito que uma criança que antes estava abandonada, sem pai e mãe, quando adotada por um casal homoafetivo, e passa a entender e receber o amor de seus pais ou mães, que darão uma chance dessa criança ter um futuro, uma vida digna, que aliás é direito de todo o brasileiro, não destruirão a “Família”, pelo contrário, serão o maior exemplo da compreensão humana.

 

Eu sou católica, sou branca, tenho amigos negros e gays, além de tudo, sou humana. Marcos Feliciano NÃO ME REPRESENTA.

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